“Estamos preocupados, a França não pode ficar para trás”: chefe do MEDEF, Patrick Martin, alerta sobre o orçamento

O alerta do chefe dos chefes. Desemprego crescente, crescimento em declínio, investimento em declínio... As perspectivas econômicas do país não são nada animadoras, e Patrick Martin está soando o alarme nesta quarta-feira, 9 de julho, no RMC, antes da apresentação do orçamento do governo de François Bayrou.
"Estamos preocupados porque vemos que outros países da UE estão acelerando", disse ele a Apolline de Malherbe.
"Crescimento, investimento, emprego, temos que ter cuidado para que a França não fique para trás", alerta Patrick Martin.
Na terça-feira, 15 de julho, o primeiro-ministro deve apresentar a proposta orçamentária do governo, que promete economias drásticas, com uma meta total de € 40 bilhões. "Houve declarações tranquilizadoras do primeiro-ministro: sem aumentos de impostos, sem abolição da sobretaxa corporativa, sem redução do imposto sobre a folha de pagamento", ele lista.

Uma semana antes do anúncio das diretrizes orçamentárias para 2026, a possibilidade de um ano em branco está entre as opções em pauta, conforme afirmaram vários membros do governo, sem, no entanto, fornecer detalhes. Patrick Martin não parece se opor a ela a priori, acreditando que seja uma "boa opção", mesmo que "não gere 40 bilhões".
Suas ideias para encontrar 40 bilhões: desmantelando o setor da saúde: "Vamos apresentar 90 propostas para regular os gastos, especialmente os gastos com saúde, que são os que mais oscilam. Temos o direito de apresentar propostas porque as empresas pagam 110 bilhões de euros por ano em saúde.
"Há maneiras óbvias de economizar dinheiro", disse ele, principalmente por meio da interação com os arquivos de planos de saúde e planos de saúde suplementares, pois isso ajuda a identificar fraudes e anomalias. "Precisamos implementar mais IA; há um atraso culpável no CNAM e também em outras administrações. Há ganhos óbvios de produtividade a serem obtidos com a detecção e o rastreamento de fraudes de forma mais eficaz."
RMC